ATA DA TRIGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 15-05-2002.

 


Aos quinze dias do mês de maio do ano dois mil e dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi efetuada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Carlos Alberto Garcia, Ervino Besson, Fernando Záchia, João Antonio Dib, José Fortunati, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Paulo Brum, Raul Carrion, Zé Valdir e Juberlei Bacelo. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Antonio Hohlfeldt, Beto Moesch, Cassiá Carpes, Dr. Goulart, Estilac Xavier, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Trigésima Quarta Sessão Ordinária e da Décima Primeira Sessão Solene que, juntamente com a Ata da Trigésima Terceira Sessão Ordinária, foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Antonio Hohlfeldt, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Fernando Záchia, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador João Antonio Dib, os Pedidos de Informações nºs 129 e 131/02 (Processos nºs 1791 e 1830/02, respectivamente); pelo Vereador João Carlos Nedel, 37 Pedidos de Providências; pelo Vereador Reginaldo Pujol, o Projeto de Lei do Legislativo n° 104/02 (Processo nº 1716/02). Também, foi apregoado o Ofício nº 353/02, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 043/02 (Processo nº 1834/02). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nºs 033/02, da Senhora Maria Elza da Silva, Diretora de Ações de Assistência Educacional do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE - DIRAE; 038/02, do Senhor Paulo Roberto Teixeira Guerra, Gerente da GTES - GEFIN - GF do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES; 10232155, 10237910, 10239330, 10243929 e 10249161/02, do Senhor Sady Carnot Falcão Filho, Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença de alunos e professores da Creche Criança Esperança, de Porto Alegre. Também, o Senhor Presidente registrou o transcurso, hoje, do Dia do Assistente Social e do aniversário do Senhor Jorge Armando de Oliveira Fraga, Diretor Administrativo da Câmara Municipal de Porto Alegre. Após, por solicitação do Vereador Raul Carrion, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao Senhor José Lutzenberger, falecido no dia quatorze de maio do corrente. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 092, 097, 098, 099, 100 e 070/02, este discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Luiz Braz e Ervino Besson, o Projeto de Resolução n° 070/02, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica n° 003/02, discutido pelo Vereador João Antonio Dib; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo n° 050/02; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 087 e 090/02, este discutido pelo Vereador Luiz Braz, e 094/02, discutido pelo Vereador Zé Valdir. Também, a Vereadora Sofia Cavedon manifestou-se durante o período de Pauta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Antonio Hohlfeldt posicionou-se contrariamente às declarações efetuadas pelo Vereador Juarez Pinheiro, proferidas ontem em programa veiculado pela Rádio Guaíba, relativas à postura adotada pelos Partidos com assento nesta Casa que fazem oposição ao Governo Municipal, no que se refere à apreciação de Projetos constantes na Ordem do Dia. Nesse sentido, solicitou que o Senhor Líder da Bancada do PT preste esclarecimentos sobre o assunto. O Vereador Sebastião Melo referiu-se aos pronunciamentos dos Vereadores Estilac Xavier e Marcelo Danéris, proferidos durante a Trigésima Quinta Sessão Ordinária, pertinentes às políticas públicas implementadas pelo Executivo Municipal e ao Programa de Orçamento Participativo. Também, analisou criticamente as condições de trabalho de camelôs no Centro da Cidade e solicitou o apoio dos Senhores Vereadores no que tange à criação de uma Comissão Especial para tratar desse tema. O Vereador Beto Moesch, externando seu pesar pelo falecimento do Senhor José Lutzenberger, informou ter comparecido às cerimônias fúnebres de Sua Senhoria, realizadas na sede rural da Fundação Gaia, localizada no Município de Pantano Grande - RS. Também, discorreu a respeito da trajetória pessoal e profissional de José Lutzenberger, ressaltando a atuação do referido ambientalista como Presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiental Natural - AGAPAN. O Vereador Marcelo Danéris discursou sobre acordo firmado entre representantes dos Partidos que fazem oposição ao Executivo Municipal neste Legislativo e Sua Excelência, no que diz respeito à votação dos Projetos que tramitam na Ordem Dia. Em relação ao assunto, destacou a disposição dos Partidos que integram a Frente Popular em priorizar a apreciação de matérias que contemplem os interesses da população porto-alegrense, independentemente da autoria das mesmas. Após, o Vereador Beto Moesch informou ter protocolado Projeto de Resolução que modifica a Resolução nº 1.085/90, que institui o Prêmio Ecologista do Ano, o qual passará a se chamar Prêmio Ecologista do Ano José Lutzenberger. Também, comunicou que apresentará Projeto de Lei para denominar José Lutzenberger um logradouro público. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos Alberto Garcia referiu-se à aprovação, pelo Senado Federal, de Projeto de Lei que determina às empresas prestadoras de serviços de telefonia celular móvel que promovam o cadastro dos usuários de telefones celulares do tipo pré-pago, mencionando a existência de legislação municipal atualmente em vigor, fruto de Projeto de Lei de autoria de Sua Excelência, referente ao assunto. O Vereador Luiz Braz discorreu sobre o trabalho desenvolvido pelas Bancadas dos partidos que fazem oposição ao Governo Municipal. Também, manifestou-se sobre a situação dos camelôs que exercem suas atividades no Centro da Cidade, analisando os níveis de desemprego atualmente verificados em Porto Alegre. Ainda, reportou-se a denúncias de irregularidades no trabalho de advogado ligado ao Programa de Orçamento Participativo. A seguir, nos termos do artigo 94, § 1°, “g”, do Regimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador Paulo Brum, que externou seu repúdio ao tratamento dispensado a Sua Excelência pela Viação Aérea Rio-Grandense - VARIG, quando do seu embarque para participar da solenidade de lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos, realizado no dia treze de maio do corrente, em Brasília - DF, fato que impediu Sua Excelência de representar externamente este Legislativo no evento. Na oportunidade, os Vereadores Luiz Braz, Isaac Ainhorn e Antonio Hohlfeldt manifestaram-se sobre o relato efetuado pelo Vereador Paulo Brum, acima referido. Também, o Senhor Presidente registrou a presença dos Senhores Ari, Piumie, Malaka, Tanuj e Sandra, do Sri Lanka, participantes do Projeto de Intercâmbio de Grupo de Estudos do Rotary Internacional, acompanhados por integrantes do Rotary Internacional Distrito 4680, informando que Suas Senhorias comparecem a este Legislativo para participarem do Projeto de Educação Política desenvolvido pelo Memorial da Casa. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul Carrion discorreu sobre os trabalhos de Comissão Especial instalada neste Legislativo, destinada a debater a situação do Carnaval de Porto Alegre, destacando a importância da discussão dos temas alusivos ao assunto, a fim de qualificar essa festa popular. Também, defendeu a criação do Museu de Arte de Porto Alegre, propugnando pelo apoio da Prefeitura Municipal de Porto Alegre a essa proposta. Após, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento do Vereador Reginaldo Pujol, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Wilson Santos, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada pelo Vereador Luiz Braz, Líder da Bancada do PFL, informando o impedimento do Suplente Mario Paulo em assumir a vereança no dia de hoje, em substituição ao Vereador Reginaldo Pujol. Também, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento da Vereadora Maristela Maffei, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente João Batista Pirulito, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação. Na oportunidade, foram apregoadas Declarações firmadas pelo Vereador Marcelo Danéris, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento dos Suplentes Darci Campani e Berna Menezes em assumirem a vereança no dia de hoje, em substituição à Vereadora Maristela Maffei. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Isaac Ainhorn analisou a atuação do Senhor João Verle como Prefeito Municipal de Porto Alegre, criticando o desempenho de Sua Excelência à frente do Executivo Municipal, notadamente no que se refere ao tratamento dispensado à questão do exercício de atividades comerciais por camelôs na Cidade e à proposta de instalação de uma pista de eventos em área localizada no Porto Seco. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal do Vereador Ervino Besson, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n° 234/01, considerando-se rejeitado o Veto Total a ele aposto, por dezoito votos SIM, seis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Estilac Xavier, Antonio Hohlfeldt, Nereu D’Avila e Beto Moesch, tendo votado Sim os Vereadores Almerindo Filho, Antonio Hohlfeldt, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Dr. Goulart, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Fortunati, Luiz Braz, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Sebastião Melo e Wilson Santos, Não os Vereadores Estilac Xavier, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Sofia Cavedon, João Batista Pirulito e Juberlei Bacelo e tendo optado pela Abstenção o Vereador Raul Carrion, com Declaração de Voto. Às dezesseis horas e dezoito minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às dezoito horas e três minutos, constatada a existência de quórum. Após, o Vereador João Carlos Nedel manifestou-se sobre a tramitação dos Projetos de Lei do Legislativo n°s 212 e 216/01, com Vetos Totais. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo n° 212/01, considerando-se mantido o Veto Total a ele aposto, por um voto SIM e dezenove votos NÃO, tendo votado Sim o Vereador Valdir Caetano e Não os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Dr. Goulart, Ervino Besson, Estilac Xavier, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Zé Valdir, João Batista Pirulito e Juberlei Bacelo. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo n° 216/01, considerando-se mantido o Veto Total a ele aposto, por vinte e um votos NÃO, tendo votado os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Dr. Goulart, Ervino Besson, Estilac Xavier, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Zé Valdir, João Batista Pirulito e Juberlei Bacelo. Na ocasião, o Vereador Ervino Besson informou que amanhã, às nove horas e quarenta e cinco minutos, uma comissão de Vereadores realizará visita à Sociedade Servos da Divina Providência, convidando a todos os Senhores Vereadores para integrarem a referida comitiva. A seguir, foram aprovados os seguintes Requerimentos: de nº 086/02 (Processo nº 1755/02 - Requer autorização para representar externamente este Legislativo na VII Conferência Nacional de Direitos Humanos, a ser realizada de quinze a dezessete de maio do corrente, em Brasília - DF, com percepção de passagens aéreas e diárias), de autoria da Vereadora Clênia Maranhão; de nº 084/02 (Processo n° 1705/02 - Sessão Solene em homenagem ao transcurso do centenário do Grupo de Bolão Seis de Setembro da Sociedade Ginástica Porto Alegre - SOGIPA), de autoria do Vereador Dr. Goulart; de nº 091/02 (Processo nº 1825/02 - Sessão Solene para homenagear o Dia do Corretor de Imóveis), de autoria do Vereador Isaac Ainhorn); de nº 036/02 (Processo nº 0834/02 - Grande Expediente em homenagem aos cinqüenta anos de criação do programa de rádio "L'Italia Al Microfono"), de autoria do Vereador Cassiá Carpes; de nº 083/02 (Processo nº 1702/02 - Requer autorização para os Vereadores Sebastião Melo e Adeli Sell representarem externamente este Legislativo nos dias vinte e três e vinte e quatro de maio do corrente, em visita ao Projeto Fácil, em Curitiba - PR, com percepção de passagens aéreas e diárias), de autoria do Vereador Sebastião Melo, Presidente da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL; de nº 082/02 (Processo nº 1679/02 - Moção de Solidariedade à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, pelo conjunto de atividades benemerentes dessa instituição), de autoria do Vereador Dr. Goulart; de nº 087/02 (Processo nº 1763/02 - Grande Expediente em homenagem ao Colégio Estadual Paula Soares, pelo transcurso do seu septuagésimo quinto aniversário), de autoria do Vereador Carlos Alberto Garcia; de nº 093/02 (Processo nº 1838/02 - Sessão Solene em homenagem ao Dia do Pastor), de autoria do Vereador Valdir Caetano. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença do Vereador José Alberto Pinheiro Vieira, do PPB de São Luiz Gonzaga - RS. Foi aprovado o Processo nº 1753/02 (Indicação da funcionária Regina Helena da Silva Machado - Matrícula nº 2388-9 - para representar este Legislativo como titular no Conselho Municipal dos Direitos Humanos e da Cidadania). Foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Dr. Goulart, solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei do Legislativo nº 161/01 (Processo nº 2438/01). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo n° 022/01. Às dezoito horas e dezessete minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima sexta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores José Fortunati, João Carlos Nedel, Paulo Brum e João Antonio Dib, este nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelo Vereador Paulo Brum. Do que eu, Paulo Brum, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1° Secretário e Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Queremos anunciar com muita alegria a presença, entre nós, dos professores e alunos da Creche Criança Esperança. Sejam bem-vindos. (Palmas.)

Devo, com muita alegria, anunciar que hoje é o Dia do Assistente Social. Queremos cumprimentar esses profissionais que dedicam a sua vida aos excluídos, aos menos favorecidos. Também queremos cumprimentar o Diretor Administrativo da Câmara Municipal de Porto Alegre, Sr. Jorge Fraga, pelo seu aniversário.

 

O SR. RAUL CARRION (Requerimento): Requeiro ao Sr. Presidente que façamos um minuto de silêncio pelo falecimento de José Lutzenberger, grande ecologista, que criou o movimento em defesa do meio ambiente no Brasil, desde 1971, e conhecido de todos nós, que faleceu no dia de ontem e que merece uma homenagem desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Defiro o Requerimento apresentado pelo Ver. Raul Carrion. Faremos um minuto de silêncio em homenagem ao grande ambientalista José Lutzenberger.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. 1610/02 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 003/02, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que altera a redação do art. 54 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. (Mesa - prazo de mandato)

 

PROC. 1612/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 092/02, de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Aníbal Carlos Bendati.

 

PROC. 1658/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 097/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Say Marques um logradouro público não-cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.

 

PROC. 1660/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 098/02, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que denomina Praça Mauro da Silva Motta um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Rubem Berta.

 

PROC. 1661/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 099/02, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que denomina Praça Joaquim Guerreiro Marques um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Rubem Berta.

 

PROC. 1662/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 100/02, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que denomina Praça Franklin Verissimo um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Glória.

 

PROC. 1330/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 070/02, de autoria do Ver. Ervino Besson, que institui a Taxa de Limpeza para a realização de shows e espetáculos nos equipamentos públicos do Município. Com Substitutivo nº 01.

 

PROC. 1634/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 070/02, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Atlético ao Senhor Paulo Rogério Amoretty Souza.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. 1142/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 050/02, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que denomina Rua Santo Expedito um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Rubem Berta. Com Emenda nº 01.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. 1547/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/02, de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, que acrescenta § 3º ao art. 1º da Lei nº 8.758, de 29 de agosto de 2001, que institui, no âmbito municipal, o Dia Municipal da Cultura e da Paz, adota a Bandeira da Paz e dá outras providências.

 

PROC. 1593/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 090/02, de autoria do Ver. Adeli Sell, que autoriza a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) a adquirir meios de transporte adequados, guinchos e mecanismos necessários para retirar animais de grande porte das ruas do Município de Porto Alegre.

 

PROC. 1626/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 094/02, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que dispõe sobre o parcelamento de valor de multa de trânsito,  preços públicos e encargos, nas situações que menciona, e dá outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta. Solicito ao Ver. Paulo Brum que assuma a presidência dos trabalhos.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, mais um dia de Pauta onde há quase noventa projetos na Ordem do Dia e mais oito novos projetos de lei e projetos de resolução para que esta Casa examine. Eu sempre digo que chega de leis, as leis não resolvem todas as coisas, até porque não são cumpridas.

O Ver. Nereu D’Avila pretende uma alteração na Lei Orgânica, no seu art. 54, que diz que a Mesa se elege por dois anos. O Vereador quer que seja ano a ano, nome a nome. Eu entendo as preocupações do Ver. Nereu D’Avila; ele não quer que a cada ano ocorram as brigas que aqui acontecem pelo loteamento de cargos que se faz na Mesa, e as promessas que não são cumpridas, as palavras que são rasgadas, o que um dia me levou, num pronunciamento aqui, lembrando Cervantes, no “Colóquio dos Cães”, a dizer que havia Vereador que latia e não falava. Portanto, não é a lei que vai resolver o problema, Ver. Nereu D’Avila, mas eu vou aprovar o Projeto de V. Ex.ª. Mas eu já vi, com Mesa de dois em dois anos, no último momento, serem rasgados os documentos assinados. Então, nós não podemos fazer uma lei dizendo: “A partir de hoje todos os brasileiros são corretos.” Não é preciso lei; todos deveriam ser corretos; não o são. Mas muitos o são, e isso nos dá tranqüilidade.

O Ver. Ervino Besson pretende instituir uma taxa de limpeza para a realização de shows e espetáculos nos equipamentos públicos do Município. (Pausa.) Anuncia a sua presença e a sua chegada neste Plenário o nobre e querido Ver. Ervino Besson. O Projeto do Ver. Ervino Besson me leva, em primeiro lugar, a fazer um elogio à Procuradoria da Casa. A Procuradoria da Casa faz pareceres brilhantes, quando quer e deseja - e quase sempre o faz, porque não pode fazer para todos, porque a quantidade de projetos de lei que entra aqui é muito grande. Mas esse parecer da Procuradora Martha Lages da Rosa é realmente um belíssimo parecer e fez com que o Dr. Ervino Besson imediatamente mudasse o seu Projeto de Lei, fazendo um Substitutivo para não ser a taxa de lixo, e sim a tarifa de lixo. Mas é claro que a Procuradoria é muito ocupada. A minha memória, de vez em quando, pode falhar, mas eu sou capaz de apostar que há uma lei ditando exatamente essa norma, que eu acho um absurdo, diga-se de passagem, Ver. Ervino Besson. Eu acho um absurdo essa norma! Mas eu sou capaz de apostar que existe uma lei, e eu só vi isso neste momento, eu não sabia, mas acho que existe uma Lei do Ver. Renato Guimarães, que eu achei um absurdo, e continuo achando.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Antonio Dib, eu tenho a honra de tratar V. Ex.ª como patriarca desta Casa, pelo respeito que tenho por V. Ex.ª. Digo isso com todas as letras. Ver. João Antonio Dib, o que me levou a fazer esse Projeto de Lei é que no meu trajeto para esta Câmara eu passo pelo Pôr-do-Sol. Quando há um evento, pela parte da manhã ou durante a noite, há ali uns trinta garis com todo o equipamento da Prefeitura para a limpeza do local, o que é normal. Mas nos colégios da nossa Cidade há sujeira, trazendo até insegurança para os alunos. Essa taxa seria cobrada desses eventos, e esses recursos seriam canalizados para a limpeza, para a segurança das nossas escolas públicas municipais. Era isso, meu caro Ver. João Antonio Dib.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Ver. Ervino Besson, ouvi com atenção o aparte de V. Ex.ª e devo até esclarecer que, existindo a Lei, V. Ex.ª faz uma mudança nessa Lei. V. Ex.ª diz que os recursos auferidos com a cobrança da tarifa de lixo serão levados para que se limpem os pátios das escolas. É nobre, é meritória a preocupação de V. Ex.ª, mas a cobrança dos serviços é que não o é. Mesmo assim, se desejar fazer esse Projeto, tenho a absoluta convicção de que o Prefeito de Porto Alegre, ao recebê-lo, caso aprovado, dirá que é uma interferência na administração, e que nós não podemos destinar os recursos, porque seria inconstitucional e inorgânico, e ele não aceitaria a proposição de V. Ex.ª. Na verdade, o que a Prefeitura precisa fazer é ajudar as escolas; o Estado, especialmente, deve fazê-lo, ele que é o responsável pela maioria das escolas. Saúde e paz! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Ver. Paulo Brum, no exercício da Presidência; Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, o Ver. João Antonio Dib veio à tribuna para falar, em Pauta, de alguns assuntos de que também faço questão de tratar, mas de uma forma diferente. Por exemplo: o Ver. João Antonio Dib fala que esta Casa peca por fazer leis. Se estivéssemos numa fábrica de tecidos e essa não fizesse tecidos, eu ficaria realmente horrorizado, e aí ela faliria. Se estivéssemos numa fábrica de aço e essa não fabricasse aço, iria à falência. Aqui é uma Casa Legislativa, esta Casa é para fazer leis.

Então, eu fico boquiaberto ao ver que o Ver. João Antonio Dib, que é uma pessoa que não só eu admiro, mas toda a Cidade admira, que é uma pessoa extremamente inteligente, vem várias vezes a esta tribuna dizer que esta Casa faz leis.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Luiz Braz, eu não tenho nada contra fazer leis, eu até já fiz leis, mas o que me preocupa são as leis inócuas, e as leis inócuas, por todos os séculos, prejudicaram as boas leis. Eu dizia aqui que esta Lei do Ver. Ervino Besson, que eu critiquei, já existe.

 

O SR. LUIZ BRAZ: V. Ex.ª está certo, nós discutimos esse assunto aqui, votamos o Projeto do Ver. Renato Guimarães e não foi aprovado o Projeto.

V. Ex.ª também fala, por exemplo, da vinculação de tributos. Ora, nós temos tributos vinculados e não vinculados. As taxas são tributos vinculados. Por exemplo, eu cobro taxa de um serviço específico que é realizado, esse, então, é um tributo vinculado, ou seja, é um trabalho específico colocado à disposição da população. Com relação a isso, não está incorreto o Projeto do Ver. Ervino Besson, mas o que está incorreto – e aí eu volto a fazer a mesma discussão que eu fiz naquela época em que o Ver. Renato apresentava aqui o Projeto – é um excesso, nós aprovarmos um Projeto cobrando mais taxas, Ver. João Antonio Dib, porque, para se realizar um evento em Porto Alegre, ou em qualquer outro Município, pois não estou acusando Porto Alegre de cobrar nada excessivamente, mas, para se realizar um evento, cobra-se um monte de taxas. Então, eu penso que aumentar a despesa, para que dificultemos a realização de espetáculos, realmente é ruim.

O Ver. Adeli Sell autoriza a Empresa Pública de Transporte de Circulação a adquirir meios de transporte adequados, guinchos e mecanismos necessários para retirar animais de grande porte das ruas de Porto Alegre. O grande problema aqui não é, na verdade, o retirar, mas para onde levar. O Ver. Adeli Sell tem uma preocupação correta, justa, mas só que as últimas Administrações do nosso Município liquidaram com os lugares para onde se podia levar esses animais.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Isso, Ver. Luiz Braz, leva-me a dizer que essa é uma lei inócua, desnecessária, supérflua, porque é obrigação do Poder Público retirar os animais da via pública: doentes ou mortos. Nós fazíamos isso antes, sem lei, porque é um dever.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. João Antonio Dib, veja só que o desespero com a má administração do Município é tanto que leva até mesmo um Vereador da situação, como é o caso do Ver. Adeli Sell, a apelar para um texto de lei, para mostrar: “Prefeito, V. Ex.ª tem de fazer isso que é a sua obrigação.” E tem que fazer uma lei para que isso aconteça.

 

O Sr. Marcelo Danéris: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo aparte, Ver. Luiz Braz, só para registrar que nós já informamos o nosso companheiro Ver. Adeli Sell, sempre muito atento e preocupado com a Cidade, mas aqui neste Projeto ele acabou apresentando uma idéia que já está sendo colocada em prática, inclusive foi este Líder que falou aqui. Já foi feita a licitação para a recolha desses animais, que morrem ou que estão doentes, na beira das ruas de Porto Alegre, feita pela própria EPTC. O caminhão já vai ser adquirido, se não me engano, talvez até já esteja em funcionamento. Este Líder acabou dando essa notícia aqui, e o Ver. Adeli Sell, em um excesso de zelo, acabou apresentando este Projeto, mas nós já conversamos com eles.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Eu não li todo o Projeto, Ver. Marcelo Danéris, mas aqui, pelo menos na ementa que está aqui divulgada, hoje, nos avulsos, diz: “Animais de grande porte nas ruas de Porto Alegre.” Não diz se são os restos dos animais. Eu penso que qualquer animal, os animais vivos também. O grande problema são os animais como os cavalos, que trafegam pelas ruas da Cidade, que não têm para onde ser levados, Ver. Marcelo Danéris. Essa preocupação que V. Ex.ª também tem, deve levar a que façamos uma grande discussão no Município para recriar o espaço para onde se possa levar esses animais. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, segue em Pauta o Projeto do Ver. Haroldo de Souza da abertura do comércio aos domingos, que eu chamo de desregulamentação da abertura do comércio aos domingos. Nós muito vamos ter que debater sobre isso, ou talvez não, se o Ver. Haroldo de Souza se preocupar em avaliar um pouquinho melhor as conseqüências de liberar totalmente o comércio aos domingos. Liberar no sentido de não haver regra, de não haver necessidade de uma negociação anterior para abrir aos domingos. Hoje não há o que impeça, a não ser que se construa um acordo entre trabalhadores e entre proprietários das empresas, das lojas.

Mas, conversando com o presidente da Junta Financeira, o Sr. Valdir Bronzato, que inclusive compõe a CAPA, que é a Coordenadoria das Associações Empresariais de Bairro desta Cidade, que é um movimento muito interessante dos empresários de bairro, da Azenha, da Tristeza, da Assis Brasil, que vêm se mobilizando, vem discutindo a sua situação, a situação de micro, pequenos e médios empresários, conversando com ele, em função, inclusive, de uma nota que a CAPA colocou no Jornal do Comércio, no dia de ontem, que enviou a todos os Vereadores – creio que V. Ex.ªs devem ter recebido –, constatamos que eles, novamente, vêm à cena e dizem que os pequenos, micros e médios vão fazer, sim, esse debate da abertura do comércio aos domingos. Porque, para eles, está muito claro o que representa esta abertura desregulamentada: apenas os interesses das grandes sociedades anônimas, dos grandes capitais. E me trazia exemplos que, daqui a pouquinho, demonstram, para mim, que isso fica muito nítido aqui no Estado do Rio Grande do Sul.

 

O Sr. Nereu D’Avila: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Sofia Cavedon, agradeço a V. Ex.ª pelo aparte que me concede, para exatamente ressaltar esse ponto do pronunciamento de V. Ex.ª, que enriquece a discussão, no sentido de que nós temos uma Cidade que não é somente constituída de alguns shoppings. Pelo contrário, é uma Cidade composta de um comércio que tem uma tradição. Exatamente a CAPA, que é o conjunto dessas associações de bairros, e bairros de tradição, por exemplo, do Bairro Azenha, da Assis Brasil, da Cristóvão Colombo, os quais, desde muito tempo, manifestam-se contrários à abertura aos domingos. Então, não se pode dar assim como questão fechada quando o SINDILOJAS dá a sua opinião. Então, é muito importante esse documento que chegou às nossas mãos, sim, e que V. Ex.ª refere, porque não só enriquece a discussão como também mostra que os próprios lojistas, organizadamente, se manifestam contrários à abertura todos os domingos. Eu agradeço a V. Ex.ª pelo aparte.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Eu lhe agradeço, Ver. Nereu D’Avila. Isso mesmo, há controvérsias entre os lojistas e é isso que a CAPA vem explicitar para a sociedade. E me disse Valdir Bronzato que 99% das empresas que se cadastram na Junta Comercial, de quarenta e cinco mil por ano, são pequenas, médias e microempresas e que hoje eles têm um cadastro de dois milhões de empresas neste Estado e este Estado tem 500 mil; e que têm vida jurídica um milhão e quinhentas mil empresas, mas não têm mais vida real, e que 40, 50% dessas empresas morreram ou se desestruturaram a partir do Plano Real, e que os grande capitais, que são os que têm interesse, porque estão nos shoppings e nos grandes hipermercados, esses são 0,5%; é meio por cento do cadastro na Junta Financeira. E, no entanto, detém 50% da economia. Hoje nos falta, no Brasil e no Rio Grande do Sul, na opinião do Valdir, a espinha dorsal do que seria uma economia equilibrada, que conseguiria fazer frente aos grandes grupos econômicos e garantir a lógica do mercado – mesmo assim é perverso -, que são as empresas de médio porte, eis que são apenas 6% das empresas que são de médio porte, que se inscrevem; a nossa maioria, 73%, são as microempresas. E o que diz ele? Que nós temos as grandes empresas por um lado e a grande maioria microempresa. E a microempresa, hoje, na verdade, serve de mão-de-obra terceirizada; serve para baratear os custos da grande empresa, que terceiriza todo o seu serviço, dá exemplo de alguns hipermercados, onde até os balconistas são terceirizados.

Concluo, dizendo que a nossa economia está completamente distorcida e que iniciativas como essa só vêm agudizar isso; que as grandes empresas, os grandes capitais, sociedades anônimas, na verdade, não representam o desenvolvimento; que a nossa massa está nos pequenos, nos microempresários; que nós precisamos aportar recursos e condições para tomarem o porte de médios para realmente fazerem concorrência, equilibrar o mercado e equilibrar a possibilidade de desenvolvimento no Rio Grande do Sul e no Brasil. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Zé Valdir está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ZÉ VALDIR: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Ver. Fernando Záchia pretende parcelar o recolhimento das multas de trânsito, incluindo todas as multas, inclusive as multas daqueles infratores dos chamados pardais. Eu quero dizer que, para mim, é muito claro que o motorista multado em um pardal porque passou além da velocidade permitida é um infrator da Lei que visa a proteger a vida e a segurança, não só do próprio motorista, mas, principalmente, do resto da população. Portanto, esse motorista, que leva uma multa em um pardal, está ameaçando a própria vida e a vida de outrem. E, salvo exceção de alguém que está correndo em alta velocidade para levar alguém para o Pronto Socorro, como já foi colocado aqui, existem dois tipos de infratores: um é aquele que, eventualmente, comete esse deslize, leva uma multa, inclusive utiliza o evento da multa como uma oportunidade de fazer autocrítica, de se auto-educar e não cometer mais o delito; os outros são aqueles motoristas contumazes transgressores da lei de trânsito e ameaçadores da segurança da população. Muitas vezes, são assassinos em potencial e pessoas que têm uma relação mais ou menos mórbida com a velocidade, com o volante, e autoritária; porque, na frente de um volante, sentem que têm todo o poder; sentem-se onipotentes a ponto de transgredir a legislação, ameaçar a população e, muitas vezes, mutilar ou matar pessoas completamente inocentes.

 

O Sr. Fernando Záchia: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Ex.ª reflete um lado importante na nossa proposta, mas lembro a V. Ex.ª que uma coisa não exclui outra. O motorista irresponsável deve ser exemplarmente punido, mas não só pela questão financeira. Eu pergunto a V. Ex.ª se aquele cidadão que tem a obrigatoriedade de pagar seu IPTU, e não o faz, e todo o restante da sociedade paga rigorosamente em dia, o que acontece com quem não faz o pagamento? Vai na Secretaria Municipal da Fazenda, pede parcelamento e a Secretaria dá parcelamento para aquele que é inadimplente, que não contribuiu para a Cidade fazer as melhorias.

 

O SR. ZÉ VALDIR: Eu ia chegar lá. Aí está um dos equívocos da sua proposta, comparar o contribuinte com um infrator de trânsito. Ora, Vereador, essa é “mundial”! V. Ex.ª, na sua exposição de motivos, compara o contribuinte, que é alguém obrigado a pagar um determinado tributo, não tem alternativa, com um infrator, que é alguém que exatamente transgride a lei e que tem como alternativa não cometer a infração, e, portanto, não cometer o ato gerador da multa, que é a transgressão da lei. Como é que esta Casa pode premiar aquele que transgride a lei e coloca a população em risco, dando facilidades para essa pessoa, esse motorista, pagar em módicas parcelas uma multa por uma transgressão da legislação? Aliás, legislação que todos nós defendemos e saudamos, porque tinha de ser mais rígido o Código de Trânsito no Brasil, finalmente o foi através do novo Código. Esta Casa não pode entrar nesse equívoco.

Aliás, o Vereador tem um slogan que é “Antes educa, depois multa”. Eu acho isso um absurdo, o Poder Público não tem essa alternativa, o Poder Público tem de fazer as duas coisas; o Poder Público tem de multar e tem de educar. Não existe esse critério de anterioridade, primeiro educa e depois multa. Imaginem se fôssemos usar isso para aquele que comete um homicídio; primeiro, antes de ir para a cadeia, nós temos de fazer um processo educativo. Não, ele cometeu uma infração, ele cometeu um delito e tem de ser punido por isso.

Eu acho, Vereador, que em vez de V. Ex.ª se preocupar em proteger aqueles que estão colocando a população em risco, V. Ex.ª deveria se preocupar com a vida, defender a vida das pessoas, e não defender o bolso de infratores contumazes, porque aquele infrator que eventualmente comete uma multa, ele vai lá, paga e se educa, nunca mais comete a multa; a própria multa é elemento educativo da maior importância. Eu acho que este Projeto é contra a cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir a Pauta. Desiste. O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, o Ver. João Antonio Dib subiu a esta tribuna e fez considerações a respeito do meu Projeto que institui taxa de limpeza nos shows e espetáculos em Porto Alegre. Como o Ver. João Antonio Dib, também concordo com o parecer da Dr.ª Marta, tanto que entramos com um Substitutivo com o seguinte teor: “No seu art. 1.º - Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a instituir taxa de uso nos contratos que envolvam cedência de equipamentos públicos para realização de shows, espetáculos de qualquer tipo, referentes aos serviços de coleta de lixo e limpeza. Parágrafo único – O valor da cobrança bem como as multas devidas pelo não-pagamento da tarifa serão regulamentados pelo Município. Art. 2.º - O produto da arrecadação dessa tarifa será destinado à limpeza das escolas públicas municipais, estaduais situadas no território do Município de Porto Alegre.”

Entrei com esse Projeto de Lei porque um dia desses, ao vir para a Câmara, passei no Anfiteatro Pôr-do-Sol, onde tinha havido um espetáculo no dia anterior. O que me chamou a atenção foi uma equipe que ali estava de aproximadamente cinqüenta homens do DMLU, mais equipamentos como tratores e outros, fazendo a limpeza do local. Mas dias antes disso, eu estava envolvido com o DMLU, solicitando para que fizesse uma limpeza na Escola Otávio Mangabeira, escola onde estudam milhares de jovens. O pátio dessa escola está com sérios problemas de limpeza, inclusive para a segurança dos alunos. A direção da escola não tem recursos para isso, e o DMLU também não tem recursos para fazer a limpeza no pátio das escolas. Então, é no sentido de que quando há um espetáculo de grande nível, espetáculo até de empresa que tem condições de pagar, que paguem para que façam a limpeza nos locais onde usam, para que esse recurso seja, sim, destinado a uma causa nobre, para a limpeza das nossas escolas públicas municipais e estaduais.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Ervino Besson, em primeiro lugar, eu devo dizer a V. Ex.ª que tenho quase plena convicção de que existe uma Lei nesse sentido, a qual eu penso ser absurda, porque aqueles acontecimentos eventuais não podem ser taxados, são as coisas que a Cidade oferece aos seus munícipes. Se nós colocarmos, na Lei que foi aprovada, por exemplo, que depois do comício quem o realizou vai ter de fazer a limpeza, isso é uma eventualidade, assim como o espetáculo no teatro Pôr-do-Sol é uma eventualidade, e é uma obrigação da Prefeitura fazer isso; agora, o que precisa ser entendido é que as escolas têm de ter recursos para que possam manter, no mínimo, as condições de higiene necessárias, e isso elas não têm. Então, não vai ser por intermédio de mais uma taxa ou de mais uma tarifa.

 

O SR. ERVINO BESSON: Ver. João Antonio Dib, V. Ex.ª sabe, eu até tratei V. Ex.ª de uma forma muito carinhosa. V. Ex.ª tem o maior respeito de toda a Casa, V. Ex.ª é um patriarca, tendo todo respeito de todos nós e o respeito da Cidade. Pelas informações que obtive do Ver. Luiz Braz, o Ver. Renato Guimarães entrou com um Projeto pelo menos parecido com esse que foi rejeitado por esta Câmara. Simplesmente, eu trouxe o Projeto para discussão, porque, de repente, pode surgir o fato de este Projeto não ser votado; pode ser que surja uma outra idéia para que as nossas escolas públicas municipais e estaduais tenham condições dignas de atender, de uma forma humana, os nossos alunos.

Espero que esse Projeto seja votado, e, em cima dessa idéia, que surja outra idéia de outro Vereador ou Vereadora, que venha ao encontro daquilo que este Vereador propôs que fosse discutido juntamente com os nobres Pares desta Casa. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Encerramos o período destinado à discussão de Pauta. O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, em nome do PSDB e ouvidas as diferentes Lideranças dos partidos de oposição desta Casa, também em nome do bloco de oposição desta Casa, e já avisado o Sr. Líder do Partido dos Trabalhadores do meu pronunciamento, eu quero aqui, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, registrar o meu repúdio e o meu protesto à manifestação do Ver. Juarez Pinheiro, ocorrida na noite de ontem, através da rádio Guaíba, em que o Vereador, espero eu que com desconhecimento da Liderança do seu Partido, resolveu agredir os partidos de oposição, dizendo que somos nós, a oposição, os responsáveis pelo atraso das votações de projetos nesta Casa. Uma longa entrevista em que, mais uma vez, o Ver. Juarez Pinheiro justifica o que nós havíamos, inclusive, na oposição, discutido, de manhã, motivo pelo qual nós não gostamos de dialogar com o Ver. Juarez Pinheiro, que agride a oposição dizendo da sua irresponsabilidade em relação à Cidade, e que a nossa ausência, a nossa omissão, é que tem provocado o atraso na votação de projetos.

Ora, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós tivemos, na semana passada, alguns percalços e encaminhamentos de votações, devidamente discutidas depois com o Ver. Marcelo Danéris, que é o Líder do PT, encaminhamentos de que fui encarregado pelo bloco de oposição e que estão indo muito bem. Tenho mantido permanentes contatos com o Ver. Marcelo Danéris, ainda ontem fizemos uma reunião com o bloco de oposição nesse sentido, tínhamos um bom encaminhamento, mas a oposição, evidentemente, não pode tolerar, em hipótese alguma, que, à revelia ou não - e é isto que eu gostaria de ouvir do Ver. Marcelo Danéris, da Liderança do PT -, os Vereadores de oposição, o bloco de oposição seja acusado de trancar a Ordem do Dia.

Há uma série de métodos, de práticas parlamentares absolutamente legítimas, tanto de situação quanto de oposição, que permitem por vezes esvaziar o Plenário, buscar negociações, consensos ou não, até o momento das votações. É também absolutamente legítimo da oposição, sem entrar no mérito de cada situação específica, pedir vistas a projetos, porque é essa a função de fiscalização da oposição.

Portanto, o que nós fizemos aqui, em relação a projetos novos, foi praticarmos a nossa função tanto quanto os Vereadores de oposição, do PT, já fizeram em outras ocasiões e fazem na Assembléia, ou na Câmara Federal. Não fizemos nada mais do que isso; pelo contrário, foram os Vereadores de oposição que pediram requerimentos de urgência em projetos da situação, em projetos do Governo. Posso citar, entre outros, o Ver. Dr. Goulart, o Ver. Ervino Besson, o Ver. João Antonio Dib, se não me engano, que têm colaborado com o Governo, porque entendemos que questões da Cidade são maiores do que a disputa entre situação e oposição. Não será o Ver. Juarez Pinheiro quem irá ao microfone de rádio mentir, porque o que ele fez foi mentir, jogando a opinião pública contra o bloco de oposição e contra as diferentes bancadas de oposição.

Tomei a decisão, logo, imediatamente, de ligar à rádio Guaíba, setor de jornalismo e dar a versão da oposição, que saiu hoje no noticiário das 13h na emissora da Caldas Júnior. E mais do que isso, conversei, rapidamente, com o Ver. Marcelo Danéris, avisei sobre este pronunciamento, pedi que ele fixasse a posição dele, como Líder da sua Bancada, se ratifica ou não o pronunciamento do Ver. Juarez Pinheiro, porque, se ratificar, nós, realmente, vamos ter que revisar a nossa posição. E vamos, quem sabe lá, passar a fazer aquilo de que nos acusa o Ver. Juarez Pinheiro, sem razão. Porque foi uma série de coincidências e combinações entre o Ver. Marcelo Danéris e nós, que nós fomos avaliando os vetos, como íamos votar e tudo. E até o Ver. Marcelo Danéris me avisava antes: “Vamos resolver o problema, porque até os dois vetos de rua nós vamos discutir.” O PT tem legitimidade para fazer isso. Mas aí quem está trancando a pauta – vamos deixar bem claro - é a situação, não é a oposição.

O Ver. Juarez Pinheiro não pode ir para a rádio dizer que nós estamos bloqueando, porque é um ano eleitoral e não sei o que mais. Com o respeito que me merece o Ver. Marcelo Danéris, falo não só no meu nome pessoal, mas, ouvidas as Lideranças de oposição, também dos demais Líderes dos partidos de oposição, eu gostaria que o Ver. Marcelo Danéris – ao longo da Sessão – nos definisse; eu aposto que ele vai nos definir, sim, que o Ver. Juarez Pinheiro não tinha autorização para falar em nome do PT, e que não é essa a posição da Bancada. Mas lamento que nós tenhamos que nos pronunciar nestes termos, porque um Vereador não é capaz de eticamente respeitar aquilo que a gente faz aqui neste Plenário, tentando, sim, um convívio salutar entre situação e oposição. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Ver. Paulo Brum, no exercício da Presidência dos trabalhos, colegas Vereadoras, colegas Vereadores, especialmente público que nos honra com a presença aqui nas galerias da Casa. Eu, por dever de ofício, hoje, deveria responder ao Líder do Governo renunciante, Ver. Estilac Xavier, que fez uma série de insinuações, bem típica daqueles que pregam a inverdade diariamente para que ela se torne verdade. Eu, hoje, não posso usar este tempo, porque tenho outro assunto a tratar, mas quero dizer a esta Casa que vou responder à altura do Líder do Governo renunciante, que usou a máquina pública para fins eleitorais, Sr. Tarso FH Genro e também ao Líder do Governo substituto, que não foi eleito pelo voto do povo, que também fez acusações, e que lhe será respondido no momento oportuno, sobre a questão do Orçamento Participativo. Orçamento este que tem fraude, que vamos provar para esta Casa, que tem manipulação e que eles, evidentemente, estão nos atacando porque, como se diz no velho ditado: “Não se ataca morto.” Se estão atacando, é porque sentiram que atirei no lugar certo. Foi na medida certa que atirei.

Mas eu hoje, Ver. Luiz Braz, quero tratar de um assunto que, com certeza, tem o respaldo de toda esta Casa. Nós estamos, aqui, com uma parcela dos ambulantes da Cidade, que estão nas galerias, que trouxeram, na semana passada, mais de mil assinaturas, num abaixo-assinado, relatando, aqui, a dramaticidade dessas pessoas, Ver. Antonio Hohlfeldt, das suas famílias e como eles têm sido tratados pelo Poder Público. Eles têm sido tratados como caso policial, ou seja, não tem havido, por parte do Governo Municipal, nenhum respeito com esses cidadãos que são trabalhadores honrados, dignos, pais de família, que efetivamente lutam diariamente pela sua sobrevivência. E aí o Governo, que ao longo desses doze anos nada apresentou de positivo concretamente para resgatar o Centro da Cidade, daqui a pouco vai querer depositar todo o seu fracasso das suas políticas públicas no Centro de Porto Alegre, em cima dos camelôs. E nós não concordamos com essa lógica.

Esses cidadãos bateram na porta do Prefeito e lhes foi negada a conversa; esses cidadãos vão ao Secretário e o Secretário não os recebe; esses cidadãos vão ao Chefe da Fiscalização e o Chefe da Fiscalização os trata como se fossem bandidos. Ora, Vereadores, se eles não recebem guarida daquele que têm de receber, que é o Poder Público Executivo, esta Casa não pode virar as costas a esses trabalhadores, Ver. Ervino Besson. Se há problemas, se há alguns que não estão cumprindo com as finalidades do comércio informal, isso tem de ser fruto de uma análise criteriosa, isso não pode ser na base do “achômetro”, isso tem de ser fruto de um estudo socioeconômico, de cadastramento. Quem é que vai para os shoppings? Qual é o critério? São os que estão cadastrados? São os mil que não são cadastrados? Afinal de contas, a quem essas pessoas podem buscar no Executivo para estabelecer uma negociação? Ninguém! Nenhum órgão, nenhuma pessoa. Então, nesse sentido, nós juntamos, Vereadores, essas mil assinaturas, protocolamos na Casa, Vereador-Presidente, a constituição de uma comissão especial, com critérios onde todos os Partidos estejam representados. Essa é uma questão que diz respeito a nós todos da Cidade, de oposição, de situação, mas já que o Governo que aí está não tem diálogo com essa categoria, esta Casa não pode, de jeito nenhum, deixar de encaminhar esta matéria. Eu espero receber dos meus pares, espero receber das Comissões por onde esse pedido está tramitando, o apoio para que nós possamos constituir uma comissão que seja propositiva, que olhe pelo conjunto da Cidade, mas também que não deixe de olhar por aqueles que querem, com muita justiça, trabalhar e dar sustento às suas famílias. Portanto, Sr. Presidente, quero aqui, mais uma vez, registrar que esta comissão precisa ser criada com muita urgência, porque a questão deles é uma questão de agora, e eles não podem esperar pelo amanhã. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras, Srs. Vereadores, telespectadores do canal 16, vimos aqui hoje para registrar algo muito difícil, mas necessário. Todos sabem que faleceu ontem, foi enterrado agora, às 11h da manhã - estive lá representando a Câmara de Vereadores -, não apenas o ambientalista José Lutzenberger, mas, sem sombra de dúvida, uma das pessoas que mais influenciou gerações aqui de Porto Alegre, do Brasil e do mundo. Sim, José Lutzenberger foi muito mais que um eminente professor, muito mais que um extraordinário ambientalista, que um profundo conhecedor da Gaia - ou seja, o único planeta vivo onde a vida pulsa, a Terra -, foi, acima de tudo, um profeta. E ele marcou gerações, porque, além de ter sido um profeta com inúmeros discípulos, que choravam até agora há pouco em seu enterro - crianças, jovens, idosos -, essa figura extraordinária nunca deixou de cuidar das pequenas coisas. Lá no Rincão Gaia, onde foi enterrado, a sua marca está em todos os lugares, em todos os cantos, e, mais do que ninguém, ele colocou em prática o lema do movimento ecológico: “Pensar globalmente, agir localmente.” Não é por menos que esta extraordinária figura foi um dos fundadores e o primeiro presidente da primeira entidade ecológica do mundo, sediada na nossa Cidade, na capital do Rio Grande do Sul, a AGAPLAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – que homenageamos no ano passado. Por que insisto nisso? Porque ele sabia que, além de pregar ao mundo – como muito bem pregou –, sensibilizando as pessoas, mostrando e ensinando a respeito dessa vida fantástica que é a da Terra, ele sabia que precisava arregaçar as mangas e lutar, também, pela sua Cidade, a cidade de Porto Alegre. Ainda no ano passado, ele esteve aqui, diversas vezes, na Câmara de Vereadores, na homenagem à AGAPLAN, no seminário que fizemos, no qual ele foi palestrante e conferencista; numa reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que tratou sobre podas e cortes de árvores. Ele achava que era uma verdadeira aberração essa política ambiental adotada em nível nacional, estadual e municipal. Mesmo doente, com asma, com enfisema pulmonar, lá estava ele sempre ativo, procurando mostrar que era possível nós mantermos essa vida extraordinária.

Para encerrar, quero trazer a todos os Vereadores, já que estive no seu enterro representando esta Casa, esta mensagem que estava em seu funeral:

“A verdadeira, a mais profunda espiritualidade consiste em sentirmo-nos parte integrante deste maravilhoso e misterioso processo que caracteriza a Gaia, nosso planeta vivo, a fantástica sinfonia da evolução orgânica, que nos deu origem junto com milhões de outras espécies. É sentirmo-nos responsáveis pela sua continuação e desdobramento.” J. A. Lutzenberger.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sr.ªs Vereadoras, a Bancada do PT, assim como o nosso Prefeito João Verle, desde o primeiro momento, Ver. Luiz Braz, colocamos uma disposição na relação com o Legislativo Municipal. Qual é essa disposição? A disposição de, sem precisarmos deixar de defender as nossas convicções, os nossos princípios, nosso programa partidário, o nosso Partido e tudo o mais, que possamos, sim, votar, e prioritariamente, projetos importantes para a cidade de Porto Alegre, e também envolver os projetos que são importantes para a cidade de Porto Alegre e que são de iniciativa dos Vereadores, assim como existem os de iniciativa do Executivo. Das duas partes existem projetos importantes para Porto Alegre. Essa disposição, Ver. Antonio Hohlfeldt, foi colocada também na prática. Ou seja, desde a posse do Prefeito João Verle, e deste Vereador como Líder da Bancada, nós nos colocamos à disposição para construir uma pauta, a cada Sessão de votação, importante para a Cidade, importante para nós. Ela não foi construída com facilidade, isso é verdade – os vetos seguraram por bastante tempo, não havia disposição de todos para fazer isso -, mas conseguimos construir. Durante duas semanas, funcionou plenamente. Nós construímos, Ver. Juarez Pinheiro, uma pauta de votação a cada Sessão, que envolvia projetos prioritários do Executivo, da oposição, e outros projetos que não tinham grandes polêmicas, que eram capazes de ser votados com mais tranqüilidade. Ocorre que, Ver. Juarez Pinheiro, num momento determinado, que aconteceu na semana passada, nós acordamos uma ordem de votação e ela foi quebrada, pelo acordo feito por nós, e nós queremos dizer que todos os acordos feitos e firmados pela Bancada do Partido dos Trabalhadores, e tenho certeza que posso falar também pela Bancada da Frente Popular, Ver. Antonio Hohlfeldt, foram cumpridos, todos, à risca. Ocorre que parte, e isso é algo que já falamos desta tribuna também, da oposição - e quero dar o testemunho de que não a parte com a qual este Vereador falou - fez aquele movimento que quebrou o acordo e colocou em votação, numa ordem errada, um parecer que esta Bancada sabia que não venceria, mas que gostaria de encaminhar e discutir, para colocar os seus argumentos e votar. Nós, além de tudo, consideramos aquele movimento desnecessário, até porque não venceríamos aquela votação, mas gostaríamos de registrar a nossa posição.

A partir daí dissemos claramente aqui, Ver. Antonio Hohlfeldt: queremos o diálogo com a oposição, queremos retomar este diálogo qualificado e queremos colocar isso sob a ótica do interesse da Cidade. E este Vereador conversou várias vezes com o Ver. Antonio Hohlfeldt, que se mostrou favorável a isso e se empenhou para construir este diálogo que seria bom para a Câmara e para a Cidade. Felizmente, Ver. Antonio Hohlfeldt, conseguimos, a partir da liderança de V. Ex.ª, em relação ao bloco de oposição, conversando com este Vereador e outros da Frente Popular, fazer agora um cronograma de votação que é importante.

Queremos reafirmar, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, e tenho certeza que também da Frente Popular, que esta é a nossa disposição, ou seja, a de construirmos este diálogo, e que sou testemunha, sim, do empenho do Ver. Antonio Hohlfeldt, junto com as Lideranças da oposição, Ver. Luiz Braz, para construir esta possibilidade. E tenho certeza de que, a partir de hoje, vamos conseguir votar os projetos importantes, não só os da oposição, quanto os do Executivo, Ver. Ervino Besson, sem a oposição deixar de ser oposição, sem a situação deixar de ser situação, mas as duas partes trabalhando em torno do que é de interesse para a Cidade. Isso é bom para a Câmara, isso é bom para a oposição, isso é bom para a situação e, melhor de tudo, isso é bom para a população de Porto Alegre.

Essa é a nossa disposição, reafirmo essa disposição, coloco essa disposição, e reafirmo ainda mais: que cumpriremos, como sempre fizemos, até agora, os acordos e honraremos os acordos feitos com as Lideranças de oposição. Essa é a nossa disposição e esperamos que, na Sessão de hoje, nós já possamos votar os pareceres das reuniões conjuntas de Comissões, os Vetos, os Requerimentos que têm urgência e os Projetos. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, gostaria de registrar que nós protocolamos um Projeto de Resolução para que o Prêmio Ecologista do Ano, desta Casa, passe a denominar-se Prêmio Ecologista do Ano José Lutzenberger. Tão logo passar o prazo, nós também estaremos encaminhando o nome de José Lutzenberger para um logradouro ou praça desta Cidade.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, ontem o Senado aprovou um Projeto de Lei que determina aos prestadores de serviço de telecomunicações que mantenham um cadastro atualizado de todos os usuários de telefone celular pré-pago.

Eu fiquei muito contente, porque, no ano de 2000, ingressamos com um projeto de lei nesta Casa, que, no final do ano passado, foi aprovado. Alguns questionaram a validade ou não do Projeto, mas o Projeto foi aprovado por nós e sancionado pelo Prefeito. Porto Alegre, por meio de um Projeto de Lei, iniciativa deste Vereador, foi o primeiro Município do Brasil a ter uma Lei que prevê a obrigatoriedade de todas as pessoas fazerem o cadastro do telefone celular pré-pago. Ontem, o Senado aprovou um Projeto de Lei que é extensivo a todo o território nacional, mostrando, mais uma vez, a validade daquele Projeto com que nós ingressamos aqui na Casa. No início, a nossa preocupação, e volto a dizer, era com os constantes furtos de telefones celulares, principalmente no Centro da Cidade e com os dados da Brigada Militar, na época, que informavam que 70% dos furtos de telefones celulares no Município de Porto Alegre ocorriam entre onze e quatorze horas e, especificamente, no Centro da Cidade.

Mas, o que é que aconteceu, desde o início, quando ingressamos com o Projeto, em setembro de 2000? Logo em seguida, aconteceu a prisão do Juiz Nicolau. Lembro aos Srs. Vereadores e às Sr.ªs Vereadoras que toda a comunicação do Juiz Nicolau era feita através de telefones celulares de cartão, que até denominou-se de telefone-laranja o telefone que servia para isto que eu vou chamar de “maracutaia”.

Logo depois, aconteceram os episódios nos presídios paulistas, comandados pelo PCC, que tomaram conta de toda a organização carcerária de São Paulo. As suas comunicações eram dadas de telefones celulares pré-pagos.

Logo depois, houve o seqüestro da filha do Sílvio Santos e do próprio Silvio Santos, e a comunicação se dava através de telefones celulares pré-pagos. No início deste ano, uma nova rebelião em São Paulo fez com que o Governador de São Paulo, em caráter emergencial, elaborasse uma lei e, com muito orgulho, essa lei que o Governador de São Paulo elaborou foi cópia da nossa Lei aqui de Porto Alegre. E ontem o Senado aprovou uma lei que também é cópia da nossa Lei aqui de Porto Alegre.

Então, eu quero dividir com os colegas Vereadores esta alegria, pelos fatos que mostram que a nossa Casa, mais uma vez, dá exemplo para toda a sociedade brasileira. Mostramos que iniciativas desse gênero, que cuidam do bem-estar de toda a população, podem, sim, e mostram o porquê de nós estarmos cada vez mais procurando zelar pela população da nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, são três os assuntos que, rapidamente, quero focalizar, mas todos extremamente importantes. O primeiro deles, Ver. Marcelo Danéris, Líder da bancada situacionista: a oposição conseguiu, nos últimos tempos, chegar a uma unidade. Então, eu pediria a V. Ex.ª, que é Líder da bancada da situação, que não dá para falar de parte de oposição, porque a oposição está unida. Eu acredito que isso é muito bom para que possamos estabelecer os nossos debates aqui entre aquilo que é o interesse real da Cidade e aquilo que é o interesse do Partido que governa Porto Alegre. É uma questão que tem de ficar bem clara, porque não dá para dialogar com parte da oposição, já que não há parte da oposição; há oposição aqui nesta Casa, que está muito consciente do seu papel.

Um outro assunto extremamente importante, que o Ver. Sebastião Melo trouxe aqui é o assunto dos camelôs. O tratamento que se dá aos camelôs do Centro da Cidade – já de algum tempo -, é desumano, porque, afinal de contas, são pessoas que tentam, de alguma forma, sobreviver de forma digna; elas tentam, de alguma forma, trabalhar. Em um país como o nosso, que tem problemas de vagas de emprego; em um país como o nosso, onde, em um Estado como o Rio Grande do Sul, em que se manda uma empresa como a Ford embora, que daria dez mil empregos a mais para fornecer aos nossos cidadãos, não oferecer oportunidade para que as pessoas, de forma organizada, possam ganhar o seu pão, é realmente condená-las à marginalidade.

Eu pediria que a Administração Pública da nossa Cidade criasse realmente os mecanismos necessários para estabelecer as saídas certas; que, sem prejudicar o Centro da Cidade, pudesse oferecer condições de trabalho para esse povo, para essas mulheres, para esses homens, que querem somente trabalhar.

O terceiro assunto, que penso ser extremamente importante, é o seguinte: recebi, há alguns dias atrás, uma denúncia, no meu gabinete, de que um advogado ligado ao Orçamento Participativo e ligado ao gabinete de uma Vereadora aqui desta Casa estaria pegando dinheiro, de forma irregular, de vileiros lá da Vila Esmeralda para entrar com uma ação de usucapião, e que, em vez de entrar com essa ação ou com essas ações, ficava com o dinheiro sem dar seqüência a esse trabalho extremamente necessário para a vida daquelas pessoas extremamente pobres lá da Vila Esmeralda.

Eu fui fazer uma averiguação das acusações recebidas. Eu tenho em minhas mãos os recibos que foram assinados por esse advogado, que recebeu esse dinheiro, realmente, para fazer essa ação; eu já tenho os registros dos tribunais que dizem exatamente que esse advogado não entrou com nenhuma dessas ações. Eu quero apenas comunicar a este Plenário, sem citar nenhum nome por enquanto, que vou levar essas denúncias até a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, para que na Ordem sejam aprofundadas as investigações, a fim de ver qual o grau de envolvimento, realmente, desse advogado e até mesmo do Partido dos Trabalhadores nesse achaque contra algumas pessoas extremamente pobres em nossa Cidade.

Como venho de uma camada pobre da população, Ver. Pedro Américo Leal, eu quero dizer que eu considero um dos maiores crimes pegar dinheiro de alguém, de um vileiro, principalmente de um vileiro, para se entrar com uma ação de usucapião, que é a esperança do cidadão para ter a sua casa, para ter a sua propriedade, e em vez de entrar com essa ação guardar o dinheiro no bolso e esquecer o direito desses vileiros.

Eu, antes de revelar qualquer nome, vou entregar esse processo à Ordem dos Advogados do Brasil, a fim de que as investigações sejam feitas. Mas quero dizer que é um advogado ligado ao Orçamento Participativo e ligado a um gabinete de Vereador desta Casa. Por isso mesmo, acho extremamente grave e vou levar essas denúncias até a Ordem dos Advogados do Brasil. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): O Ver. Paulo Brum está com a palavra em Tempo Especial, para fazer o relato de sua viagem a Brasília, representando a Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

O SR. PAULO BRUM: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, conforme relatava ao Sr. Presidente, hoje pela manhã, faço neste instante, da tribuna, um relato de fatos lamentáveis ocorridos não só com este Parlamentar, mas também com a Casa do Povo de Porto Alegre.

Profundamente abalado com fatos ocorridos com a minha pessoa, na data de 13 de maio próximo passado, no Aeroporto Salgado Filho, em nossa Capital, mais precisamente no balcão de embarque da VARIG – Viação Aérea Rio-Grandense -, venho a público manifestar a minha indignação pelo tratamento e a maneira discriminatória dispensada por essa Empresa às pessoas portadoras de deficiência física.

Sr. Presidente, com honra e orgulho e profundamente emocionado pelo reconhecimento do trabalho prestado em prol da causa da pessoa portadora de deficiência em nosso Estado, fui convidado, como Presidente da Federação Rio-Grandense de Entidades de Deficientes Físicos, representando a Câmara Municipal de Porto Alegre, por delegação do Sr. Presidente, Ver. José Fortunati, pelo Ex.mo Sr. Ministro de Estado da Justiça, Miguel Reale Júnior, para ato solene de lançamento do programa nacional de direitos humanos, com a presença do Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que se realizou no último dia 13 de maio, às 14h30min, no Salão Nobre do Palácio do Planalto em Brasília, conforme noticiado em todos os jornais e destacado no Jornal Nacional do dia 13 de maio.

Vamos aos fatos. Na data de 11 de maio adquiri junto ao balcão da VARIG, no Aeroporto, dois bilhetes - ida e volta - para o Vôo RG 8639, com destino a Brasília em 13 de maio, com horário de saída às 9h30min. Ao chegar no balcão de embarque para proceder os trâmites do check in, às 8h55min, no guichê reservado às pessoas portadoras de deficiência física, aguardei atendimento até às 9h05min. Vendo que se aproximava o horário do vôo, solicitei a presença de um funcionário para que me atendesse. Depois de muita insistência, fui encaminhado ao guichê da classe especial VIP, e, de maneira surpreendente, fui informado de que não havia mais lugares no vôo para o qual eu havia adquirido passagem de embarque.

A situação apresentou-se digna de roteiro para um novo filme, “Esqueceram de Mim III”; um total desprezo, não a uma pessoa de cadeira de rodas, mas sim ao trabalho dos deficientes do nosso País, que, a muito custo, estão conseguindo a igualdade perante os demais.

Obtivemos guichê especialmente destinado a esse fim, mas sem pessoas para o atendimento, que estavam todas no guichê normal, onde várias pessoas esperavam pelas desistências de embarque até às 9h.

É de suma importância, observe-se que no guichê de atendimento aos deficientes físicos estava um deficiente aguardando, e, em outro guichê, várias pessoas aguardando pela desistência de embarque desse deficiente. É evidente que essa cena surrealista resultou na informação do funcionário, às 9h05min, de que não havia mais lugar no vôo para Brasília, pois as pessoas que estavam esperando pela minha desistência de embarque e eram atendidas pelos funcionários da VARIG, preencheram o meu lugar.

Mas o pior ainda estava para vir. Diante da minha indignação e insistência, fui encaminhado para um vôo da TAM às 09h30min, com destino a São Paulo, com horário de chegada às 11h55min. Em São Paulo, segundo a VARIG, embarcaria às 12h16min para Brasília. A chegada em São Paulo, devido à escala em Curitiba, ocorreu às 12h30min, e o vôo para Brasília já havia partido. Quero dizer, Sr. Presidente, que a pessoa que me embarcou no vôo para São Paulo tinha absoluta certeza de que a conexão para Brasília não se realizaria!!! Isso é revoltante, pois não se admite que alguém treinado e especializado para prestar atendimento aos clientes, para solucionar um problema seu, sabendo que não iria funcionar, causou ainda um dano maior. Essa é a minha indignação, Srs. Vereadores: a empresa que eu escolhi, símbolo mundial de tradição em atendimento, orgulho de nós, gaúchos, para justificar momentaneamente uma falha inadmissível de seus funcionários do balcão de embarque, me ocasionou um dano muito maior, além da perda da cerimônia, que foi o embarque para uma conexão que jamais se completaria. Resultado disso foi uma ida a São Paulo desnecessária, com todas as dificuldades de minha deficiência e das minhas limitações, onde permaneci oito horas envolvido num incidente resultante de uma péssima prestação de serviço, com retorno a Porto Alegre somente às 18h da tarde.

O fato que relato, mais do que uma indignação pela desconsideração às pessoas portadoras de deficiência, é o desprezo pelo elementar, ou seja, jamais tentar solucionar o problema, causando, mais tarde, um mal ainda maior. A viagem que faria, o convite que foi feito, enfim, todas as particularidades que envolviam minha viagem a Brasília eram, para a minha pessoa, o coroamento de um trabalho de mais de vinte anos de luta, que travo junto à sociedade, para o reconhecimento dos direitos das pessoas portadoras de deficiência.

É inacreditável, o desprezo chegou justamente no dia em que esse direito seria e foi reconhecido nacionalmente. Ações dessa natureza são constantes em nosso dia-a-dia, onde o desprezo com o deficiente, fruto de uma cultura retrógrada, acarreta situações vexatórias e, como no presente caso, é agravado pela falta de preparo de funcionários de uma empresa líder na América do Sul na atividade que exerce.

Estou profundamente abalado emocional e moralmente, pois hoje tenho de retornar à minha luta contra a discriminação e, incrível, fui tremendamente discriminado num simples ato do dia-a-dia. Pergunto-me: o que restará aos outros portadores de deficiência que, infelizmente, não têm a oportunidade que tenho de manifestar esta minha indignação?

Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, agradeço pela atenção dos senhores, com as escusas pela forma pouco coloquial de apresentar esses fatos. Quero que esta minha atitude, mais do que um desabafo pessoal, seja considerada um grito de revolta de alguém que luta pelos direitos de uma classe discriminada e que viveu na própria pele uma situação vexatória de total desconsideração pelo ser humano.

O censo dá-nos que somos 14,5% da população brasileira portadores de deficiência.

Sr. Presidente, a minha Bancada do PSDB, por intermédio do meu Líder, Ver. Antonio Hohlfeldt, estará, no momento oportuno, encaminhando um requerimento de repúdio a esse fato ocorrido. Peço, Sr. Presidente, a solidariedade desta Casa da qual tenho a honra e o orgulho de participar já no meu terceiro mandato. Aproveito a oportunidade para agradecer pelo carinho recebido de V. Ex.ªs. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Meu caro Ver. Paulo Brum, hoje pela manhã, na reunião da Mesa Diretora, tivemos a oportunidade de ouvirmos, preocupados e até estarrecidos, o seu relato. É um relato que demonstra que, infelizmente, o consumidor brasileiro ainda não é tratado de forma adequada, especialmente quando esse consumidor é um deficiente físico. Quero expressar, em meu nome, e também em nome da Mesa Diretora e, tenho certeza, de todos as Sr.ªs e Srs. Vereadores, a nossa total solidariedade para com a sua pessoa, porque o ocorrido na última segunda-feira não lhe atingiu somente enquanto indivíduo, que por si só bastaria, mas o atingiu enquanto cidadão desta Cidade, enquanto lutador pelos direitos dos deficientes físicos, reconhecido nacionalmente, e enquanto Vereador desta Casa. Por isso, de um lado lastimo que esse fato tenha acontecido, fatos que infelizmente têm, ao longo do tempo, se multiplicado no atendimento dado pelas nossas companhias de aviação, mas mais do que isso pelo descaso com que V. Ex.ª foi tratado na última segunda-feira. A nossa total e irrestrita solidariedade.

Ver. Luiz Braz, estou recebendo das mãos do Ver. Paulo Brum o relato dos acontecimentos que oportunamente farei chegar às mãos de todos os Vereadores.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, apenas também para registrar a solidariedade da Bancada do PFL ao Ver. Paulo Brum pelos acontecidos e cumprimentar V. Ex.ª pelas providências tomadas já à frente da Mesa Diretora, já se solidarizando em nome da Instituição com a causa do Ver. Paulo Brum.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Obrigado, Ver. Luiz Braz.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, José Fortunati, em nome da Bancada do PDT nós queremos prestar a mais irrestrita solidariedade a este colega e brilhante Ver. Paulo Brum pelos constrangimentos e pela situação por que passou. É inadmissível um Vereador ou uma pessoa, não só ele que na condição de Vereador, imaginem, se na condição de Vereador, uma expressão política como ele é, passou por uma situação como essa, o que dirá o restante dos cidadãos nos constrangimentos que suportam e passam. Nossa solidariedade, Ver. Paulo, nosso reconhecimento e nosso apoio irrestrito, e a nossa disposição de estar a seu lado em qualquer circunstância para enfrentar situações como essa em nome da nossa Bancada do PDT. Muito obrigado, Vereador.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, eu vou apresentar, depois, como disse o Ver. Paulo Brum, uma moção de protesto, para nós examinarmos aqui no Plenário. Mas eu queria propor, Ver. José Fortunati, que nós fizéssemos um outro encaminhamento também. Na verdade, esta Casa sempre deu apoio à VARIG, quando a VARIG buscou, e me lembro que, ainda em anos recentes, nós chegamos até a ter um passeio de Vereadores, quando se inaugurou um novo tipo de avião da viação aérea. E, na verdade, o ocorrido com o Ver. Paulo Brum, V. Ex.ª gizou muito bem, não é só com relação ao Vereador, um representante da Casa, é com o cidadão comum. Na semana passada, por exemplo, eu tive um episódio quase semelhante com a VARIG em São Paulo. O que eu queria propor, Vereador - até porque vai ser difícil fazermos repúdio à VARIG, quando, ao contrário, a VARIG está precisando de apoio, porque está com vários problemas, mas eu acho que também não dá para deixar simplesmente passar, até porque isso está acontecendo o tempo todo com outros cidadãos - é que, ou com a Mesa Diretora ou com as Lideranças, marcássemos uma audiência com a Direção da VARIG e fôssemos conversar. Porque é fundamental, se a VARIG quer recuperar a credibilidade e resolver os seus problemas financeiros, a primeira coisa que tem de fazer é respeitar o seu usuário. Então, essa é a minha sugestão, porque penso que estaríamos ajudando a VARIG e, ao mesmo tempo, recuperando essa situação lamentável que sofreu o Ver. Paulo Brum. Essa é a minha proposta, independente da moção que vou apresentar, que nós, através da Mesa, marcássemos uma visita à Direção da VARIG para realmente discutirmos, porque esse tipo de coisa não pode ficar acontecendo, e está acontecendo permanentemente; e na verdade o DAC acaba não fazendo nada.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Ver. Antonio Hohlfeldt, esta Presidência acata a sugestão de V. Ex.ª. Procuraremos encaminhar, o mais rápido possível, um encontro com a Direção da VARIG para que possamos relatar o ocorrido e solicitar providências, não somente em relação ao Ver. Paulo Brum, mas com relação a todos que utilizam os serviços dessa importante empresa aérea.

Anunciamos, com muita alegria, a presença entre nós de um grupo de cinco profissionais do Sri Lanka que participam do projeto de intercâmbio do grupo de estudos do Rotary Internacional. Temos a presença do Ari, que é líder do grupo, Piumie, Malaka, Tanuj e Sandra; acompanhados pelo Rotary Internacional, Distrito 4680. Essa atividade faz parte do Projeto de Educação Política que o Memorial da Casa realiza junto a escolas e entidades. Sejam bem-vindos entre nós. (Palmas.)

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RAUL CARRION: Ex. mo Sr. Presidente Ver. José Fortunati, demais Vereadores, Vereadoras, ambulantes que nos visitam hoje trazendo as suas preocupações e a sua luta, todos que nos assistem nas suas casas; delegação do Sri Lanka.

No dia de hoje, nós queríamo-nos referir a dois encaminhamentos que fizemos à Prefeitura Municipal de Porto Alegre, ao Executivo Municipal e que enquanto PC do B entregamos já em abril de 2001. O primeiro deles é a proposta que fizemos naquela ocasião da realização em Porto Alegre de um grande seminário sobre o Carnaval desta Cidade, encarando o carnaval – não só no aspecto do problema do Sambódromo – enquanto atividade cultural de resistência cultural do nosso povo, como atividade turística, como atividade econômica da nossa Cidade. Inclusive permitindo, através dessa grande discussão, um aprofundamento da compreensão desta festa popular. A maior festa popular do mundo que tem, evidentemente, diversas formas: o Rio de Janeiro, a Bahia, Pernambuco são carnavais – todos eles –, mas com as suas peculiaridades. Porto Alegre, sob pena de graves prejuízos para esta grande festa popular, necessita refletir sobre isso.

Esse seminário deveria ser realizado com a participação da Associação dos Carnavalescos, a Prefeitura e a Câmara de Vereadores, que vem dando a sua contribuição para este encaminhamento. Proposto em abril, não foi possível realizá-lo no ano passado - segundo a Secretaria - pelo prazo exíguo e as dificuldades. Felizmente recebemos uma correspondência auspiciosa da Sr.ª Secretária dizendo, claramente, que a realização do grande Seminário sobre o Carnaval foi acolhida pela Secretaria e que está prevista acontecer esse ano, proporcionando um amplo debate com os setores envolvidos. Hoje, na Comissão Especial presidida e proposta pelo Ver. Ervino Besson, tivemos a oportunidade de saber através da nova responsável pelo Carnaval em Porto Alegre que existe esta disposição e esta vontade política. Achamos que isso será muito importante para os carnavalescos e para a Cidade e certamente a Câmara estará dando a sua contribuição.

O segundo encaminhamento que fizemos à Prefeitura foi no sentido da criação do Museu de Artes de Porto Alegre. É inconcebível que a cidade de Porto Alegre, Capital cultural do MERCOSUL, com toda a sua tradição cultural, ainda não tenha o seu museu de artes. Foi pensando nisso que nós, no ano passado, levamos essa proposta, em nome do Partido, em meu nome pessoal, também, ao Sr. Prefeito e destacando que Porto Alegre possui, a Prefeitura possui duas das mais importantes pinacotecas do Sul do País, que são: a Coleção Rubem Berta, que era dos Diários Associados, que foi doada, e a Coleção Aldo Locatelli, mais de quinhentas obras. O Acervo de Locatelli, desde o século XIX vem sendo acumulado e essas obras estiveram, durante um largo período, em más condições de conservação e hoje são, digamos, uma reserva técnica do MARGS. Então, já temos um grande acervo cultural sem falar de inúmeros artistas de nomeada que, certamente, fariam doações a esse museu de artes. Colocamos, inclusive, uma Emenda no Plano Plurianual que foi acolhida por esta Casa pleiteando o aceleramento do Projeto. Recebemos também uma correspondência da Sr.ª Secretária que nos diz que está sendo encaminhada a criação desse Museu de Artes, que inclusive passaria a ter o nome de Pinacoteca Berta-Locatelli e que, através do Projeto Monumenta, está reservando verbas para a aquisição de um prédio, hoje, do Exército, tombado pelo IBAM e que seria restaurado para albergar essas pinacotecas.

Quero concluir, Sr. Presidente, Paulo Brum, neste momento, dizendo que são fatos que nem esse que indicam que esses encaminhamentos dos Vereadores têm acolhida, que recompensam o nosso mandato e fazem compreender o valor do nosso trabalho nesta Casa. Que, de imediato, a nossa Cidade tenha o seu museu de artes e que tenhamos um grande seminário para resgatar o nosso Carnaval e torná-lo aquilo que ele pode ser junto com o sambódromo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Reginaldo Pujol e a Ver.ª Maristela Maffei solicitam Licença para Tratamento de Interesses Particulares no dia de hoje.

 

(Obs.: Foram aprovados os Requerimentos de licença dos Vereadores Reginaldo Pujol e Maristela Maffei, e dada posse aos Suplentes, conforme consta na Ata.)

 

O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, onde está João Verle? Repito: onde está João Verle? É uma pergunta que eu deixo à Liderança do Partido dos Trabalhadores. Onde está João Verle? Ainda ontem, em uma solenidade à noite, convidado, não compareceu, e sequer mandou representante. Onde está João Verle? Já se passaram mais de 30 dias da investidura do Sr. João Verle.

A primeira coisa que quero saber é a seguinte, eminente Líder do Partido dos Trabalhadores: se o Prefeito, investido nesta função desde o início do mês de abril, a partir da renúncia do Sr. Tarso Genro, ratifica todos os projetos do Executivo que estão na Pauta.

Em matéria de perseguição, não vi, ainda, de parte do Sr. Prefeito, diálogo, conversação com os setores excluídos da sociedade, que passam dificuldades. Exemplo disso é a situação dos camelôs. A meu juízo, nada pessoal com o representante dos comunistas, o Ver. Raul Carrion, do PC do B, agora, como ele é aliado do Sr. João Verle, a única coisa que irá fazer é ajudar o Sr. João Verle, o Sr. César Alvarez e a fiscalização da SMIC, no sentido de não encontrar uma solução efetiva para os camelôs do Centro da Cidade. Quem criou o mostro, a situação difícil, deve resolvê-la. Acho que é uma desconsideração, numa economia como esta, que estamos vivendo, ter essa posição. Lamento que o Ver. Adeli Sell não esteja aqui, pois ele tem soluções radicais com relação aos camelôs. Lógico que não é uma situação final. Ele quer colocar os camelôs atrás dos muros da Av. Mauá, ou, de repente, nos Navegantes, onde não tem o que é essencial, não tem freguês. Sem freguês, não dá para vender. Não dá para fazer um juízo radical, não dá para dizer que são pessoas que vendem mercadorias roubadas, que estão vendendo mercadorias sem notas, isso é preconceito. Assim como têm preconceitos como esse, têm preconceitos com índios, com negros, com camelôs. Essa é que é a verdade, sobretudo a dos governantes. Não é um problema específico de Porto Alegre, acho que temos de ter a sensibilidade de reconhecer. Não é possível também se tomar conta das ruas do Centro da Cidade. Não é possível! Mas é possível, sim, encontrar soluções racionais que respeitem os cidadãos no seu direito de ir e vir e que se preserve a condição dessa gente que luta pela vida. Eu, quando tenho de ser crítico, também sou crítico, mas tenho respeito por essa categoria profissional. (Palmas.)

É esta a manifestação que gostaríamos de fazer, em nome da Bancada do PDT e dos trabalhistas desta Casa.

Reitero mais uma vez e finalizo a minha intervenção. Quero saber se o Sr. João Verle ratifica todos os projetos que estão aí, se ele quer o Porto Seco. Porque nós, do PDT, não fechamos questão ainda, não discutimos na Bancada. Mas eu tenho conversado com os meus colegas de Bancada, e certamente nós vamos fechar questão; e do jeito que está proposto, nós vamos rejeitar o Projeto. Não é ali, porque parece que o PT, ano a ano, insiste com o sambódromo em lugar que tem problema e que não tem o apoio das comunidades. Eu só quero que se respeitem duas coisas - o parecer e o estudo que o Sr. Tarso Genro, quando foi Prefeito pela primeira vez, afirmou na Comissão Especial que ele designou para estudar o problema -: centralidade e acessibilidade. E a nossa pergunta que fica aos líderes, dirigentes do PT, especialmente ao meu fraternal amigo Marcelo Danéris: Se lá no Porto Seco, para fazer o sambódromo tem centralidade e acessibilidade. Eu gostaria que o Líder do PT, como eu disse, meu fraternal amigo Marcelo Danéris, que, em curto espaço de tempo, mereceu a respeitabilidade desta Casa, me respondesse e me esclarecesse essa situação. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Apregoamos trinta e sete pedidos de providência de autoria do Ver. João Carlos Nedel.

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. ERVINO BESSON (Requerimento): Depois de um acerto com as Lideranças, solicito que V. Ex.ª exponha para a apreciação do Plenário o seguinte Requerimento para a ordem de votação das matérias constantes na Ordem do Dia: Veto Total ao PLL n.º 234/01; Parecer das Comissões conjuntas aos Processos números 022, 1363 e 1376; Veto Total ao PLL n.º 212/01; Veto Total ao PLL n.º 216/01; Requerimentos números 36, 82, 83, 84, 86 e 87; e dois Requerimentos sem número referentes aos Processos n.º 1753 e n.º 2438; após o Requerimento n.º 18, seguindo o PLE n.º 022/01.

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Em votação o Requerimento do Ver. Ervino Besson. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com a abstenção do Ver. João Antonio Dib.

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3409/01 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 234/01, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que denomina Unidade de Saúde Doutor Saul Pinto Ciulla a Unidade de Saúde Bananeiras, localizada no Bairro Cel. Aparício Borges.

 

Pareceres:

- da CECE. Relator Ver. Fernando Záchia: pela rejeição do Veto Total;

- da COSMAM. Relator Ver. Ervino Besson: pela rejeição do Veto Total.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

-         Trigésimo dia: 09.5 – Quinta-feira.

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Em votação nominal o PLL n.º 234/01, com Veto Total. O Ver. Estilac Xavier está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ESTILAC XAVIER: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, público que acompanha esta Sessão e público do canal 16, TV Câmara, estamos apreciando o Veto do Sr. Prefeito a um Projeto do Sr. Ver. Dr. Humberto Goulart, que denomina a Unidade de Saúde Dr. Saul Pinto Ciulla, hoje conhecida como Unidade de Saúde Bananeiras, localizada no bairro Cel. Aparício Borges.

Primeiro, quero ressaltar aqui, Ver. Humberto Goulart, que a nossa opinião sobre este Projeto e a sua proposta, de forma nenhuma, colide com o apreço que temos ao seu trabalho na área da saúde, inclusive, prestigiado pela nossa Bancada e, em particular, por este Vereador que está aqui ocupando o tempo da Liderança neste encaminhamento. Então, separemos, para que não se utilize de forma oportunista a relação estreita que V. Ex.ª tem com os seus pares e, inclusive, com a própria Bancada do Governo, PC do B, PSB e, em especial, o PT, confundindo a sua personalidade companheira e amiga, com trânsito dentro deste Plenário, com a nossa posição, que é a respeito de um projeto em particular. Todos que quiserem fazer esta junção vão-se dar mal, porque V. Ex.ª, tenho certeza, não cairá num ardil tão infantil, que seria propor esse tipo de debate.

Segundo, o Prefeito, reconhecendo todas as virtudes do homenageado, teve que vetar, baseado no interesse público e no conhecimento da comunidade. Esses são os argumentos do Prefeito. Eu aduziria outros. Será cabível, Ver. Humberto Goulart, homenagear... - e já existe uma pessoa da família Ciulla homenageada com nome de rua e logradouro na cidade de Porto Alegre - a proposta existe. Eu tenho visto que o mérito da homenagem de uma pessoa é, de fato, erigir na memória permanente da Cidade a lembrança daqueles que contribuíram com o seu crescimento, com o seu desenvolvimento econômico, cultural, científico, que é o caso aqui do homenageado. Mas, V. Ex.ª sabe que nem todos os logradouros - e isso eu estou aduzindo para a reflexão desta Casa - são, depois, denominados com aquela homenagem que se deu. A Ver.ª Sofia Cavedon falou aqui no seu pronunciamento que se quer homenagear, por exemplo, o ilustre Governador Synval Guazzelli com a Usina do Gasômetro. Mas alguém acha que, popularmente, a homenagem a Synval Guazzelli vai denotar publicamente que todos vão conhecer como Usina Synval Guazzelli? Ou iremos na Unidade de Saúde Doutor Saul Pinto Ciulla? A homenagem é justa, mas a comunidade está acostumada com o nome Unidade de Saúde Bananeiras, e o Prefeito, atendendo a essa exigência de conhecimento da comunidade, vetou.

Não há, portanto, nenhuma razão para haver uma crise entre nós e o Ver. Dr. Goulart. Mas eu gostaria, ao término do meu pronunciamento, falar um pouco sobre uma colocação do Ver. Isaac Ainhorn. O Ver. Isaac Ainhorn, nas sua peroração anterior, Ver. Nereu D’Avila - que era o ilustre Líder da Bancada do PDT, pessoa diligente -, disse que havia reflexo condicionado aqui na Câmara, talvez, referindo-se a nossa Bancada. E usou a Teoria Pavloviana da Atividade Nervosa Superior, que, aliás, o Ver. Dr. Goulart conhece bem, porque é um estudioso da matéria. E eu fiquei imaginando, e todo mundo sabe o que é a Teoria do Pavlov: é uma experiência que foi feita com um cão, um pedaço de carne e uma campainha. Apresentava a carne ao cão, o cão salivava e tocava a campainha. Nessa associação, um dia, apresentada ao cão só o barulho da campainha sem apresentar a carne, ele salivou. Esse reflexo condicionado nos animais também tem reflexo nos humanos e serve para a Medicina. Agora, eu, às vezes, imagino que há determinadas condutas aqui nesta tribuna que são exatamente aquilo que se denunciou: reflexo condicionado. Tocou a campainha, que a proposta é do Governo, tem de ser contra; e vem aqui e faz a reação pavloviana do centro nervoso superior.

A minha resposta é esta ao Ver. Isaac Ainhorn: que tomemos cuidado para não ser um Pavloviano na prática, aqui nesta tribuna. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para encaminhar o PLL n.º 234/01, com Veto Total.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ao longo da Sessão anterior, quando tivemos a ampla discussão deste Veto, foram colocadas várias coisas, entre as quais a de que não se poderia trocar batismos de lugares públicos e logradouros, e daí o motivo, eventual, do veto.

As indagações que tenho - e que não vi respondidas aqui ao longo da Sessão anterior - são com relação a se existe um nome popular do posto de saúde, na verdade, esse nome não está consagrado em nenhuma lei, não existe nenhuma denominação formal do posto, existe uma denominação popular.

Em primeiro lugar, não estamos trocando nada, e o Ver. Dr. Goulart tem, portanto, todo poder de iniciativa de batizar formalmente o posto de saúde. Isso não vai impedir a manutenção do uso popular do posto, como nós temos Largo dos Medeiros, como nós temos tantas ruas que guardaram o nome popular e, aliás, nem são reconhecidas às vezes pelo nome oficial; vamos pegar a Rua da Praia. Não há empecilho, nesse sentido, de um batismo formal.

Em segundo lugar, não me consta que um posto de saúde seja logradouro, por conseqüência não se aplica a Lei de Logradouros, por meio do que, deveria haver toda uma consulta popular etc., etc. e tal.

Essas duas questões, fundamentalmente, me preocupam, porque, a vingar algumas colocações feitas aqui por Vereadores da situação, acaba de se retirar da Câmara mais uma prerrogativa, que é o batismo de instituições, de locais e assim por diante.

Eu vou lembrar aqui um episódio histórico, Ver. Dr. Goulart, V. Ex.ª ainda não era Vereador desta Casa. O Ver. Isaac Ainhorn quis fazer uma homenagem ao então, recém-falecido, historiador Moisés Vellinho, que é uma das sumidades intelectuais deste Estado – tive a honra de conhecer Moisés Vellinho e de ser seu amigo, diria até de ter aprendido muito com ele, ainda que isso não tenha impedido de eu ter, às vezes, discordâncias, sobretudo da perspectiva lusófoba que Moisés Vellinho tinha da história do Rio Grande -; pois o Ver. Isaac Ainhorn quis batizar o Museu Municipal de História com o nome de Moisés Vellinho, e o então Prefeito Olívio Dutra, inspirado pelo ex-Secretário Pilla Vares, vetou o projeto e esta Casa entendeu de derrubar o veto, porque acho que homenagem não é um problema de se concordar ou discordar. Indiscutivelmente, a folha de serviços de Moisés Vellinho é fantástica para o Estado do Rio Grande do Sul e para a historiografia sul-riograndense. Se vamos concordar em tudo, ou não, com ele, isso é o de menos. Além do que, Moisés Vellinho teve uma grandeza humana fantástica. Derrubamos o veto e acabou vencendo o bom senso. O Secretário de Cultura Municipal que substituiu Pilla Vares acabou admitindo o batismo e a homenagem a Moisés Vellinho e hoje temos o Museu Municipal Moisés Vellinho. É o mesmo caso dessa iniciativa do Ver. Goulart. O Dr. Ciulla é parte da história da Medicina de Porto Alegre. Se gostamos mais dele, ou menos, quando vivo, isso não vem ao caso. A população deve ao Dr. Ciulla muita coisa; e eu diria que aqueles que usam o posto - os médicos, o usuário comum – se sentiriam, sem dúvida, homenageados ao colocarmos o nome do Dr. Ciulla como batismo desse posto. Então, parece-me que não progridem aqui as alegações colocadas pela situação em relação ao Veto; além do que, parece-me, de novo, uma falta de tato, de respeito humano, na medida em que a bancada da situação aqui, quando da votação do Projeto, acabou votando conosco – quero lembrar bem disso. Os Vereadores do PT, do PSB e do PC do B votaram, todos, conosco esse Projeto. Posso respeitar o fato de agora as bancadas de situação acompanharem o Veto do Prefeito, mas é difícil admitirmos justificativa para esse Veto. Então é nesse sentido que vamos encaminhar favoravelmente ao Projeto e contrários ao Veto, esperando que tenhamos o quórum necessário para fazer justiça a essa homenagem ao Dr. Ciulla. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para encaminhar o PLL n.º 234/01, com Veto Total.

 

O SR. NEREU D’ AVILA: Sr. Presidente em exercício, Ver. Paulo Brum, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, examinando as razões do Veto ao Projeto de Lei do Ver. Dr. Goulart, que denomina Unidade de Saúde Dr. Saul Pinto Ciulla a Unidade de Saúde hoje conhecida como Bananeiras, localizada no bairro Cel. Aparício Borges, as razões do Veto são singelas; singelas e extremamente frágeis. O Prefeito, ou o Vice-Prefeito no exercício, que não foi eleito para a Prefeitura, disse: (Lê.) “Em que pese o inquestionável mérito da questão ora analisada, bem como a importância do Dr. Saul Pinto Ciulla na história da Medicina em nossa Cidade, sob o aspecto do interesse público, verificado no presente Projeto de Lei, há que o mesmo ser vetado.” Mas isso é o maior absurdo com que já me deparei aqui na Câmara: que o interesse público está prejudicado por denominar aquilo que o próprio Executivo diz, ou seja, que é inquestionável a importância do Dr. Saul Pinto Ciulla na história da Medicina de nossa Cidade. Então, reconhece-se a importância do nome, mas se diz que o interesse público foi violado. Aqui diz a razão principal do Veto. (Lê.) “Ocorre que o referido Projeto altera uma identificação antiga da Unidade de Saúde Bananeiras, há tempos assim denominada pela comunidade.” Ora, se prevalecesse esse argumento de que tudo o que a comunidade batiza tem de permanecer, a Rua da Praia não poderia mais ser chamada de Rua dos Andradas, porque deveria denominar-se Rua da Praia - porque é mundialmente conhecida como Rua da Praia. Até hoje algumas pessoas referem-se à Rua Mal. Floriano como Rua de Bragança. Há outras muitas em que o cognome primeiro popular fica gravado na memória das pessoas, e aqui, por esta Câmara, centenas de projetos colocaram nomes em logradouros públicos que a comunidade chamava, por exemplo, de “Beco do Adelar”, “Estrada do Espigão”. Não vou muito longe, eu mesmo cognominei com o ilustre nome de Moab Caldas - uma das figuras mais queridas que este Estado teve, Deputado Estadual, inclusive líder da religião umbandista -, ali na Vila Cruzeiro, aquela do Postão, que era conhecidíssima por um nome que normalmente todo mundo ainda chama, mas que, pouco a pouco, vai sendo chamada pelo novo nome, Av. Moab Caldas. Hoje, não há quem não saiba nesta Cidade que essa Unidade de Saúde está no bairro Bananeiras, e a argumentação é de que isso contraria o interesse público porque a comunidade a chama de “Bananeiras”; sinceramente, é muito fraco o argumento, esse que está nas razões do Veto, e não justificaria nem estarmos perdendo tempo com essa situação, porque é como eu refiro quando falo no emblemático nome Rua da Praia: todo mundo diz: “Eu vou à Rua da Praia.” Rua dos Andradas é para efeito mais formal. Nem por isso deixou-se de homenagear os irmãos Andradas, o José Bonifácio de Andrada e Silva e o Antonio Carlos de Andrada e Silva. Creio que algumas questões aqui na Casa estão obstaculizando os trabalhos, atrasando, e não é aquilo que o Ver. Juarez Pinheiro atribui à oposição, são coisas como essa aqui, ou seja, vetar porque o povo chama a Unidade de Bananeiras, quando a própria Administração reconhece que se trata de uma homenagem a um ilustre médico. Ora, quem quiser dizer: “Eu vou na Unidade de Saúde Bananeiras”, continuará dizendo, não vai haver nenhum prejuízo à comunidade, muito menos ao interesse público. Por isso lamentamos que se tenha, já na 2.ª Sessão, de se voltar a esse assunto, mas não há como acatar esse Veto, pois é frágil demais a argumentação, e ficará essa Unidade com o nome de um ilustre gaúcho, ilustre médico, que merece que o seu nome fique cognominando naquele posto de saúde lá no Bairro Aparício Borges, exatamente na localidade chamada hoje de “Bananeiras”. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para encaminhar o PLL n.º 234/01, com Veto Total.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, a Bancada do PPB não poderia vir à tribuna e deixar de registrar a sua total estranheza com relação ao Sr. Prefeito, que desrespeita mais uma vez esta Casa ao vetar algo que não tinha por que vetar. Ora, se o nome é “Bananeiras”, vai continuar chamando-se Unidade de Saúde Bananeiras. Qual é o problema de o Ver. Dr. Goulart, Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa, médico, homenagear a figura do Dr. Saul Pinto Ciulla, propondo que se coloque seu nome na Unidade de Saúde Bananeiras, homenageando também aquela comunidade? Mas que coisa mais absurda o Sr. Prefeito vetar! Isso é mais um desrespeito a esta Casa. É apenas isso que a Bancada do PPB gostaria de registrar. Está começando mal também esse Prefeito. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o PLL n.º 234/01. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO o Projeto por 18 votos SIM, 06 votos NÃO, 01 ABSTENÇÃO, e rejeitado o Veto.

Declaração de Voto do Ver. Raul Carrion. (Lê.)

“Declaração de Voto

Abstenho-me desta votação porque, se derrubarmos o Veto, depois teremos maiores dificuldades para alterar o nome da unidade de saúde que está sendo denominada, acrescentando-lhe o nome usual “Bananeiras” - como é intenção do próprio autor -, visto que a Lei exige para isso maioria absoluta desta Casa e posição favorável de dois terços dos usuários do referido posto. Por outra parte, como não há oposição de minha parte ao conteúdo da homenagem não há motivo para votar contra.

(a) Ver. Raul Carrion.”

Conforme Requerimento aprovado em Plenário, neste momento nós suspendemos a Sessão e convocamos o Ver. Estilac Xavier, Vice-Presidente da CCJ para que assuma a direção para apreciar os pareceres das Comissões Conjuntas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h18min.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib – às 18h03min): Estão reabertos os trabalhos.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3102/01 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 212/01, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Cisne um logradouro público cadastrado, localizado no Loteamento Heróphilo de Azambuja, no Bairro Jardim Carvalho.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Veto Total.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 10.5 – Sexta-feira.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 212/01, com Veto Total. (Pausa.)

O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, eu só gostaria de informar ao Plenário que os dois Projetos vetados são de minha autoria, e eu gostaria de informar que o Plenário pode aceitar os Vetos, porque houve equívoco de minha parte na apresentação desses dois Projetos. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação nominal o PLL n.º 212/01. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 01 voto SIM e 19 votos NÃO, mantido o Veto.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3126/01 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 216/01, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Garça um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Jardim Carvalho.

 

Pareceres:

- da CUTHAB. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Veto Total;

- da CECE. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Veto Total.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 10.5 – Sexta-feira.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 216/01, com Veto Total. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO o Projeto por 21 votos NÃO. Aceito o Veto.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, amanhã às 9h45min sairá, aqui desta Casa, uma comissão de Vereadores para fazer uma visita à Sociedade Servos da Divina Providência. Já confirmaram suas presenças a Ver.ª Maria Celeste, o Presidente da Casa, Ver. José Fortunati, o Ver. Pedro Américo Leal e este Vereador. Fica aqui o convite a todos os Vereadores. Caso alguém queira nos acompanhar, será de grande importância para a entidade e para a Câmara Municipal. Muito obrigado.

 

(Obs.: Foram aprovados os Requerimentos constantes na Ata.)

 

Nós queremos saudar o Ver. José Alberto Pinheiro Vieira, de São Luiz Gonzaga, presente neste plenário nesta tarde. O Vereador é do nosso Partido, o PPB. (Palmas.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3430/01 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 022/01, que cria função, para fins de readaptação funcional, regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, pertencente ao Quadro Celetista em Extinção, na Fundação de Assistência Social e Cidadania - FASC. (Assistente Técnico Administrativo)

 

Pareceres:

- da  CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da  CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da  CUTHAB. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE n.º 022/01. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Visivelmente, constato que não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h17min.)

 

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